O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é o orgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), sob fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O ONS desenvolve uma série de estudos e ações que são exercidas sobre o Sistema Interligado Nacional e seus agentes para manejar o estoque de energia de forma a garantir a segurança do suprimento contínuo em todo o País. O Operador Nacional é constituido por membros associados e membros participantes e atualmente conta com 800 funcionários com presença em 4 capitais brasileiras: Brasília, Florianópolis, Rio de Janeiro e Recife.

O desafio do Operador Nacional do Sistema Elétrico era lidar com situações inesperadas e por isso optaram pelas soluções da Amazon Web Services. Existia a necessidade em planejar os estudos sobre situações desconhecidas e com isso a utilização de computadores poderosos para alcançarem tais objetivos era fundamental. Por lidarem com modelos matemáticos, a solução da Nuvem da AWS fez com que o ONS pudesse explorar as máquinas virtuais, com custo provisionado e com a duração exata de cada um dos estudos elétricos.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico avaliou durante 6 meses a Amazon Web Services antes de tomar a decisão a respeito da parceria. Todos os recursos da AWS foram avaliados, com a adição da ferramenta open source MIT StartCluster, o que foi conivente à opinião do ONS levando à conclusão de que deveriam aderir aos serviços da Nuvem da AWS.

“Nós avaliamos também os institutos de pesquisas de TI, como o Gartner, que posicionam a AWS como líder do segmento, sendo um dos fatores primordiais para avaliarmos os serviços disponibilizados e por possuirem uma zona de disponibilidade também no Brasil, foi fator importante para decidirmos pelos seus serviços”, enfatiza Sergio Mafra, do ONS.

O ONS lida com inúmeros modelos matemáticos e, para isso, usam uma alta capacidade computacional (HPC) que os ajudam a resolver os estudos elétricos em um menor tempo e com um custo reduzido. Mensalmente é desenvolvido um planejamento eletro energético de longo prazo. A matriz energética do Brasil atualmente é composta de quase 80% proveniente da água e, partindo deste princípio, há a necessidade de uma minuciosa avaliação se haverá necessidade ou não do uso das águas, pois, se ocorrer o uso demasiado destas e não chover corre-se o risco de não existir suprimento de energia o que pode gerar os blackouts ou cortes de carga.

Uma outra opção, é utilizar a energia contida nas usinas térmicas que é mais cara mas, se utilizarem estas usinas e a energia hidroelétrica não for usada, haverá um desperdício de suprimentos para a geração de energia. Sabendo de todas estas circunstâncias, o ONS utiliza um modelo que lhes permite realizar o planejamento de 5 anos e o quanto de energia que será utilizada.

Com a utilização dos serviços da Amazon Web Services, com o provisionamento do ambiente de cluster, usando as instâncias cc1.4xlarge e cc2.8xlarge, Linux (CentOS e Ubuntu), o ambiente para estudo destes casos possui uma capacidade elástica e uma maior precisão quando comparado ao ambiente anterior.

“Nós gostamos muito desta postura da Amazon Web Services em termos de ser uma empresa de inovação constante que nos surpreendem toda hora com novos produtos e um time que nos apoia bastante nos nossos projetos”, explica Mafra.

Conforme diagrama abaixo é possível entender melhor as soluções da Amazon Web Services aplicadas no ONS:

Figure 1: ONS Diagrama

O Operador Nacional do Sistema Elétrico se beneficiou com os serviços da AWS por desenvolver seus modelos na nuvem. Hoje, com este modelo, os planejamentos são 50% mais rápidos e 30% mais baratos para serem executados.

A implementação da Nuvem proporcionou ao ONS a realização do planejamento de um ano todo, ou seja, 12 casos de situações inesperadas. Tais casos, se fossem desenvolvidos em um ambiente “on premisses”, levariam cerca de 30 horas para serem executados e, usando a Nuvem da Amazon Web Services, estes foram executados simultaneamente em 3 horas e meia. O resultado financeiro foi muito interessante pois, com o uso das Spot Instances, permitiu-se que o custo final fosse em torno de 30 dólares para todo o trabalho realizado.

Com a utilização dos serviços da Amazon Web Services, não houve perda na latência e a disponibilidade da aplicação é excelente. Futuramente desejam incorporar aos serviços do ONS a Amazon Virtual Private Cloud (Amazon VPC) o que lhes permitirá um melhor provisionamento de uma seção da Nuvem da AWS isolada logicamente executando os recursos predefinidos pelo ONS.

Como planos futuros, o ONS realizará testes com um grande volume de dados como uma solução para uma iniciativa de Smart Grid, focado na obtenção de dados de unidades remotas (PMU) e entendem que, para melhores resultados, existirá a necessidade de implementar o Amazon Elastic MapReduce (Amazon EMR). Também existem projetos para testes de soluções para backups.

“Cloud Computing quando alimentado pela Amazon Web Services, é um forte aliado para os CIO’s. A agilidade, a flexibilidade aliadas às reduções constantes de custos, podem mudar o papel IT, tornando-o mais eficaz como parceiro de negócios e agregando valor à organização”, finaliza o Executivo.

Para saber mais sobre como a AWS pode ajudar com a sua capacidade computacional redimensionável na Nuvem, visite a nossa página de detalhes da Amazon Elastic Compute Cloud: http://aws.amazon.com/pt/ec2/