Kiwify reduz em 70% os custos de codificação de vídeo com infraestrutura AWS

Depois da realização de diversas provas de conceito, a Kiwify optou pelo desenvolvimento de seu próprio encoder, que seria processado em instâncias spot do Amazon EC2 utilizando CPUs Intel. “Antes da escolha, passamos cerca de um mês realizando testes. Testamos com spot e sem spot para verificar o nível de quebra e colocamos tudo na ponta do lápis”, lembra.

Apesar do uso de CPU inicialmente resolver o problema, o trabalho conjunto entre a AWS e a Kiwify demonstrou que a migração do processamento para instâncias com aceleração por GPUs da NVIDIA poderia trazer ainda mais desempenho e reduzir mais os custos. Usando especificamente instâncias NVIDIA L4, trabalhando com o Amazon Elastic Kubernetes Service (Amazon EKS) e com o AWS Karpenter, o time de Silva conseguiu incrementar o processamento em paralelo utilizando instâncias EC2 spot com aceleração por GPU, resultando em um desempenho 12 vezes mais rápido do que o obtido com as Instâncias EC2 sem aceleração.

Com este resultado, em fevereiro a companhia decidiu adicionar ao seu processamento instâncias EC2 spot por aceleração por GPU, projeto que contou com o apoio da NVIDIA. Hoje a Kiwify utiliza cerca de 400 instâncias de GPU spot mensalmente que, junto com as instâncias EC2 spot sem aceleração, processam um volume de vídeos que pode variar de 6 mil a 12 mil por dia. Além de suas operações de codificação, a Kiwify tem 12 PB de dados aguardando migração da plataforma antiga para a AWS.

Com a implementação das instâncias GPU spot, a Kiwify vem apontando uma série de ganhos operacionais. Em relação aos criadores de conteúdo, a conversão de vídeos – que anteriormente podia levar de 30 minutos a 2 horas – hoje é feita em no máximo 20 minutos, reduzindo drasticamente o tempo de onboarding de novos clientes.

“A infraestrutura AWS também nos trouxe estabilidade. Começamos a utilizar instâncias spot em dezembro e até hoje não tivemos qualquer indisponibilidade”, destaca Silva. O executivo aponta ainda que a saída de CDN (Content Delivery Network) cresceu 162% desde janeiro, sem aumento nos custos da companhia. “Depois que migramos 100% para a AWS nunca tivemos problemas. Para o cliente, o que importa é a CDN estar no ar e nunca tivemos problemas neste ponto”, afirma.

Silva destaca que todos estes benefícios foram obtidos junto com uma redução de 70% nos custos em comparação ao modelo que eles adotavam anteriormente. “De janeiro para cá nossa carteira de clientes dobrou e mantivemos os custos de codificação de vídeos. Este resultado veio com o uso de spot, que nos permitiu otimizar processamento e custos”, diz.