Não negligencie a nuvem:

O papel do diretor financeiro está passando por uma evolução rápida e drástica. Antes de meados da década de 1970, um estudo de pesquisa descobriu que menos de 10% das empresas americanas tinham um diretor financeiro. Hoje, o escopo do diretor financeiro inclui muito mais do que apenas contabilidade e finanças. Muitas empresas transferiram a experiência contábil para um diretor de contabilidade ou um dos subalternos confiáveis do diretor financeiro, o controlador.

Os diretores financeiros ocupam uma posição única dentro da empresa, profundamente envolvidos com a estratégia holística, as operações e a performance com o diretor executivo. Na verdade, um estudo recente estima que 30% dos diretores financeiros também ocupam o cargo de diretor de operações. Isso faz todo o sentido quando consideramos que os diretores financeiros modernos ocupam uma posição única dentro da empresa. O diretor financeiro está interligado com todas as partes dos negócios e é frequentemente visto pelo conselho administrativo como um árbitro neutro na alta gerência. O diretor financeiro é muitas vezes o “diretor de métricas” também.

O que tudo isso significa é que o diretor financeiro agora está encarregado de buscar novas fontes de valor, afastar perturbações digitais e liderar a transformação de toda a empresa. O diretor financeiro não é mais simplesmente o administrador responsável pela preservação do valor. Agora, ele também é o parceiro do diretor executivo na criação de valor. Esse foco estratégico é de igual ou maior importância que o gerenciamento dos custos. Para enfrentar esse amplo desafio, muitos diretores financeiros estão recorrendo à nuvem como uma ferramenta para apoiar sua estratégia. Na verdade, a adoção da nuvem pelo diretor financeiro está ganhando força, pois 48% dos quase 3.000 líderes financeiros entrevistados disseram considerar a nuvem essencial para a performance de suas organizações.

A nuvem deve fornecer níveis significativos de economia de custos, maior resiliência e segurança reforçada. Não vou tentar convencer o leitor de qualquer um desses fatos aqui, pois esse não é o objetivo desta postagem de blog. Um tópico comum nas minhas conversas com os diretores financeiros é que a economia de custos, o aumento da resiliência e a segurança reforçada que a nuvem proporciona são apenas apostas de mesa. Qual diretor financeiro adotaria a nuvem se não fosse esse o caso?

No entanto, se ainda resta alguma dúvida, tenho muitos colegas talentosos especialistas nessas áreas, e eles estão aqui para ajudar você a comprovar esses fatos com sucesso. Você pode encontrá-los no Cloud Economics Center.

Na Amazon, classificamos as decisões em decisões como portas de via única ou de duas vias. Com isso, queremos dizer que decisões como portas de via única são aquelas que não são facilmente revertidas, enquanto decisões como portas de duas vias podem ser facilmente revertidas com pouco ou nenhum custo. O significado disso é que as decisões como portas de duas vias não exigem o mesmo nível de análise e podem ser transferidas com segurança a outros níveis inferiores da organização. Este é um dos atributos que torna a Amazon extremamente ágil.

Investir na Nuvem AWS é uma decisão como porta de duas vias. As soluções da Nuvem AWS podem ser ativadas, testadas, experimentadas e, se desejado, podem ser desativadas a qualquer momento. Não há grandes custos iniciais, taxas mínimas de uso e custos de saída. Além disso, com a Nuvem AWS, não é necessário lidar com ativos irrecuperáveis. Este é um paradigma muito diferente ao controle de investimentos em soluções de TI on premises.

A implicação disso torna-se evidente quando a comparamos com o processo típico que as empresas passam para dar início a novos projetos. O orçamento de capital é finito, os projetos são classificados com base no ROI ou em alguma outra medida, e apenas um número limitado de projetos é aprovado a cada ano. Com a Nuvem AWS, a mesma quantidade de capital limitado pode de fato financiar muitos outros projetos. Além disso, como esses projetos podem ser iniciados e encerrados muito rapidamente, isso resulta em uma forma de experimentação que frequentemente chamamos de “fracasso rápido”. Com isso, estamos nos referindo ao ato de administrar muitos experimentos, encerrar aqueles que falharam e duplicar os sucessos. Em vez de “fracasso rápido”, prefiro chamar essa experimentação rápida de “fracasso rápido de baixo custo”. Esse exercício de “fracasso rápido” é um componente chave de como a Amazon alcança agilidade nos negócios. A viabilidade e a rentabilidade de novas ideias podem ser determinadas rapidamente com pouco risco e pequenas consequências de um possível fracasso.

Intimamente relacionado ao conceito de portas de duas vias é o conceito de tomar decisões de investimento nas margens. No ambiente tradicional de TI, as decisões de investimento são tomadas uma única vez, quando o capital é investido. Essas decisões são baseadas no custo total de um projeto e em seu ROI esperado. Existem riscos significativos nessa abordagem. E se as estimativas de custo e outras projeções estiverem incorretas? E se o projeto ultrapassar seu orçamento? Geralmente, há um tempo significativo decorrido desde a aprovação do projeto até a obtenção de valor quando o projeto (sistema de TI, pacote de software etc.) é colocado em produção. Além disso, essas abordagens de investimento em cascata são muito menos tolerantes a quaisquer mudanças de requisitos. Finalmente, há o custo de oportunidade pela escolha potencial de financiar o projeto errado.

É aqui que entra em jogo o conceito Ágil do produto mínimo viável. Em vez de tentar estimar o valor e o custo do projeto geral, dividimos o projeto em incrementos. No final de cada fase, o projeto deve proporcionar valor. Se ele não proporcionar o valor esperado, uma decisão pode ser tomada para encerrar esse projeto. Como alternativa, poderíamos estimar o custo e o valor do próximo recurso incremental que estamos planejando adicionar e decidir se o recurso marginal é um bom investimento, dado o valor já proporcionado.

As empresas têm estado sob pressão crescente para afastar perturbações digitais. A agilidade dos negócios tornou-se cada vez mais procurada na sequência da epidemia de COVID-19. A capacidade de uma empresa de gerenciar mudanças e promover a agilidade nos negócios depende de pessoas, processos e tecnologias. O diretor financeiro tem um papel exclusivo a desempenhar em conduzir a empresa do estado de mudança em baixa frequência para um estado de mudança em alta frequência. A Nuvem AWS é uma ferramenta fundamental para permitir a mudança em alta frequência. Decisões de investimento podem ser transformadas de grandes apostas, para muitos projetos menores e/ou mudanças de software. Além disso, sem ativos irrecuperáveis, a refatoração do seu ambiente de TI para acomodar alterações torna-se uma proposta muito mais simples. Empresas de alta frequência adotam a computação em nuvem como volante para uma frequente entrega de valor. A Nuvem AWS pode ser considerada um conjunto de elementos constituintes básicos padronizados que permitem infinitas possibilidades. Da mesma forma, como o ambiente de TI não está vinculado a um conjunto específico de hardware, a infraestrutura nunca precisa ser renovada. Isso reduzirá ou eliminará a dívida técnica que está atrasando a organização.

Um estudo de 2020 realizado pela IDC estima que o orçamento médio de TI da empresa seja aproximadamente 80% dedicado a “manter as luzes acesas” e 20% dedicado a novas tecnologias. Os clientes da AWS com quem eu converso dizem que, depois de migrarem para a nuvem, são capazes de inverter essa proporção. A média desses clientes gasta aproximadamente 20% de seus orçamentos de TI para manter as luzes acesas, com o equilíbrio dividido entre economia e transformação. Isso acontece por uma série de motivos. Primeiro, nem todo dólar de investimento de capital se transforma em dólar de despesas operacionais na transição para a Nuvem AWS. Na verdade, pela minha experiência, os clientes normalmente gastam sessenta centavos por cada dólar que costumava ser investimento de capital. Em segundo lugar, devido ao valor empresarial derivado da Nuvem AWS (economia de custos, produtividade da equipe, resiliência operacional e agilidade de negócios), há deslocamentos significativos das despesas operacionais. A definição de preços da Nuvem AWS inclui muitas categorias de custos com as quais o cliente não precisará mais lidar separadamente: incluindo energia, espaço, resfriamento, licenciamento do sistema operacional, custos de manutenção de hardware e software. Tudo isso acrescenta ainda mais recursos financeiros para projetos de experimentação, transformação e crescimento, etc., sem necessariamente exercer um impacto negativo sobre os KPIs financeiros.

Em grandes empresas, as cobranças de TI geralmente são mantidas centralmente em um centro de custo ou gerenciadas por meio de um esquema de alocação/estorno. A maioria das alocações é apenas uma aproximação baseada em fatores de custo que muitas vezes não refletem a realidade com precisão. Quaisquer alterações nas taxas de alocação padrão muitas vezes provocam ferozes batalhas de orçamento com unidades de negócios que sentem não estar no controle de seus custos/uso. As organizações de TI nas sombras geralmente aumentam a complicação de determinar os custos reais dos serviços de TI.

A Nuvem AWS é diferente. Por meio de uma série de mecanismos (por exemplo, estratégia de criação de contas, marcação de custos, faturamento por segundo etc.), é possível alcançar a atribuição de custos no nível da aplicação, quase sem alocações. Além disso, esses mecanismos permitem muitas permutações diferentes da atribuição de custos a qualquer número de dimensões. Imagine ser capaz de desenvolver uma demonstração de resultados do exercício por aplicação ou fluxo de receita digital. Além disso, graças às várias ferramentas da AWS e/ou de terceiros, grande parte dos processos de governança, geração de relatórios, planejamento e previsão de custos de TI pode ser facilmente automatizada.

Com elementos constituintes padronizados e a atribuição de custos reduzida até o nível da aplicação, a Nuvem AWS possibilita mudanças no funcionamento da empresa. Na Nuvem AWS, a infraestrutura é dividida em elementos constituintes básicos padrão e, como resultado, engenheiros de software, cientistas de dados e outros profissionais podem ser incorporados em cada unidade de negócios ou organização funcional. Os projetos não exigem mais aprovação de capital e, portanto, a autoridade para projetos pode ser transferida aos responsáveis pela demonstração de resultados do exercício. Esses responsáveis pela demonstração de resultados do exercício individuais têm a capacidade de decidir quais projetos e/ou experimentos desejam realizar com base em suas próprias prioridades. Por exemplo, na AWS, o departamento de finanças tem os conjuntos de habilidades técnicas necessários para a equipe financeira (engenheiros de desenvolvimento de software, cientistas de dados, etc.). Essas pessoas são financiadas pelo orçamento do diretor financeiro, que é quem decide onde alocar esses recursos e/ou quais projetos deverão ser aprovados. Porém, esses recursos não são ilimitados, e ainda adotamos os princípios enxutos e nosso princípio de liderança centrado na moderação.

A Nuvem AWS também tem muito a oferecer à própria função financeira em termos de transformação. Sabemos que os diretores financeiros estão sob frequente pressão para fazer mais com menos, e o departamento de finanças muitas vezes lidera a empresa por exemplo com a transformação digital. Além disso, os diretores financeiros estão tentando ser parceiros mais próximos das unidades de negócios, fornecendo uma análise mais avançada baseada nos principais indicadores. A Nuvem AWS pode ajudar os diretores financeiros a transformar de várias maneiras significativas.

Primeiro, a Nuvem AWS ajuda os diretores financeiros a decompor silos de dados. Os diretores financeiros podem se tornar administradores dos dados (e não detentores dos dados). Devido à sua posição na empresa, o diretor financeiro está exclusivamente bem posicionado para garantir a procedência dos dados. Data lakes fornecem uma maneira rápida, eficiente e econômica de agregar todas as fontes de dados da empresa.

Em segundo lugar, a Nuvem AWS facilita muito a monetização de recursos pré-criados por dados em processos de análise, IA e ML, entre outros, permitindo soluções de dados menos caras que podem ser rapidamente iniciadas com muito pouco tempo de preparo. Além disso, soluções de análises pré-criadas que se encaixam facilmente ao data lake possibilitam a democratização dos dados, painéis automatizados e pacotes de relatórios.

Por fim, a Nuvem AWS fornece melhorias no perfil geral de risco de várias maneiras. É possível incorporar a separação de deveres em fluxos de trabalho e vincular todos eles com verificações de conformidade automatizadas. Como todas as ações de cada usuário são rastreadas na Nuvem AWS, isso melhora o controle de acesso e a auditoria do patrimônio de TI. Também é possível reduzir os erros humanos ao incorporar controles automatizados em processos de ponta a ponta. Análises preditivas podem ser usadas para identificar e sinalizar transações de maior risco, e as soluções de IA/ML podem automatizar a detecção de fraudes.

Essa lista não tem a finalidade de ser completa, mas sim de iniciar a conversa sobre as possibilidades em torno da transformação financeira.

A Nuvem AWS representa uma ferramenta poderosa para ajudar os diretores financeiros a capacitar a transformação. Os diretores financeiros também têm a oportunidade de liderar o caminho da transformação por meio de uma transformação inicial da função financeira. Embora a Nuvem AWS economize dinheiro, não se trata simplesmente de um jogo de economia de custos de TI. Aproveitar ao máximo as vantagens da Nuvem AWS permite que a TI deixe de ser um mero centro de custo para se transformar em um parceiro estratégico para as unidades de negócios. A Nuvem AWS é um meio de aumentar a agilidade dos negócios e garantir a resiliência das empresas contra perturbações digitais no futuro. Além disso, a Nuvem AWS oferece várias vias de redução de riscos: risco de ativos irrecuperáveis, riscos de projeto, compatibilidade e riscos de controles internos.