O blog da AWS
Estudo de caso: Pismo
“Graças à AWS, em apenas um ano e meio de vida a Pismo construiu uma solução com capacidade de processamento em ordens de grandeza maior do que os maiores players do mercado”, Daniela Binatti, fundadora e CTO da Pismo.
A Pismo é a primeira plataforma SaaS de processamento de meios de pagamentos do Brasil, com a proposta de revolucionar o mercado, utilizando as mais modernas tecnologias para construir uma plataforma robusta, segura e extremamente flexível. A solução foi totalmente pensada e desenvolvida para rodar 100% na nuvem da Amazon Web Services, e cuidadosamente desenhada para operar através de micro serviços que funcionam de forma independente, permitindo que sejam individualmente dimensionados, para que a demanda de um não interfira na performance do outro. É a primeira solução, mesmo fora do Brasil, que roda no modelo SaaS, de software como serviço.
Sobre a Pismo
A Pismo foi fundada em setembro de 2015 por executivos com longa experiência no mercado de meios de pagamentos. Com base em São Paulo, a empresa já conquistou doze clientes que criaram seus próprios programas de emissão de cartão com funcionalidades inovadoras em um prazo muito curto. Além da flexibilidade, a plataforma da Pismo é a solução ideal para renovação de estruturas antiquadas de legado em grandes instituições. Muitas empresas têm investido em aplicações de frontend, mas poucas são suportadas por um backend robusto e flexível como o da Pismo.
Os testes de carga da nova solução já demonstraram grande potencial de processamento, com recorde de quase 15 mil autorizações financeiras por segundo em uma única instância de banco de dados, praticamente 6 vezes o total processado e divulgado pelo maior player do mercado mundial, a First Data, em instalações de mais de 30 países. A Pismo acaba de receber um aporte Série A da Redpoint eventures, um investimento que aposta no sucesso da nova fintech.
“Além de todas as ferramentas de tecnologia da AWS, a gente implementou uma solução em grande parte desenvolvida em Groovy com a solução da Vert.x, e fizemos os testes de carga usando os grandes players do mercado como referência, para demonstrar que nossa solução suportava. Nos primeiros testes já registramos 14.900 autorizações por segundo”, destaca a CTO Daniela Binatti. “Nós fizemos isso com poucas instâncias de aplicação e um único banco de dados. Com base nos testes nas diferentes instâncias utilizadas, projetamos que com o uso das instâncias mais poderosas da AWS, chegaríamos a 27 mil autorizações por segundo.” Esse resultado chega a ser cem vezes maior do que a necessidade de processamento de pico de um grande banco de varejo no Brasil que queira adotar a solução da Pismo.
O Desafio
As grandes empresas da indústria de meios de pagamentos atualmente operam com plataformas muito pouco flexíveis e escaláveis, pois não contam com os recursos disponíveis para soluções construídas nativamente para processamento em nuvem. Qualquer aumento na demanda dos clientes que operam com esses sistemas só pode ser atendido através de incrementos de hardware, solução que tende a ser muito demorada, além de ter um alto custo.
Com esse desafio em vista, a Pismo criou uma solução totalmente nativa em cloud, usando todos os recursos de segurança e robustez disponíveis somente para aplicações construídas dessa forma.
“As empresas que dominam o mercado são muito grandes, mas ainda operam com sistemas concebidos nas décadas de 70 e 80, e mesmo as mais modernas que têm sistemas em baixa plataforma, não operam sistemas multitenant”, explica a CTO da Pismo, Daniela Binatti.
Com a intenção de competir com os maiores players do mercado, os sócios da Pismo sabiam que precisavam focar em um ponto crucial para meios de pagamento: a segurança. Como a AWS tem o nível mais alto de certificação de PCI-DSS (Payment Card Industry Data Security Standard), com vários cases de players grandes fora do Brasil, nós queríamos trazer essa cultura para cá, de que é possível fazer em uma nuvem pública.”
A escalabilidade da nuvem também foi fator essencial para solucionar um problema do mercado de meios de pagamentos: os horários de pico. “Como ainda não existe nenhuma solução como a da Pismo, que roda na nuvem, gasta-se muito dinheiro com setup de infraestrutura, porque você precisa dimensionar as máquinas pensando basicamente em Natal e Dia das Mães no Brasil, que são os maiores dias de compra, principalmente no varejo. Então você dimensiona uma infraestrutura gigante, gasta muito dinheiro para atender à demanda, e em geral não consegue, as operações ainda são lentas nessas datas.”
Por que a Amazon Web Services
A CTO da Pismo foi até o Silicon Valley, nos Estados Unidos, para trocar experiências com outras startups que já eram clientes da AWS e avaliar a possibilidade de construir a solução integralmente na nuvem, com tecnologia de ponta para modernizar o modelo antiquado oferecido até hoje. Além da escalabilidade e da segurança, o baixo custo foi fator essencial para a escolha da AWS. Daniela Binatti estima que, considerando apenas os gastos com recursos humanos, equipamentos e licenças, seria necessário investir cerca de R$ 3 milhões no primeiro ano só para colocar toda a operação de pé.
Daniela Binatti fez um curso de arquitetura na AWS e com a ajuda dos arquitetos da Amazon desenhou e construiu a solução já dentro da nuvem. “A questão dos serviços gerenciados também ajudou muito. Com uma fração de tempo e dinheiro que seria necessária para montar uma estrutura proprietária, nós montamos uma operação com um troughput que compete de frente com os maiores players do mercado mundial. ”, explica.
Depois de cerca de um ano desenhando a plataforma, em poucas semanas a solução da Pismo já estava rodando na nuvem da AWS.
A Pismo usa as plataformas Java do AWS Elastic Beanstalk com Groovy, desenvolvido em backend, e o frontend é estático e usa AWS CloudFront junto com o Amazon S3, acessando o Beanstalk na parte de APIs. “Na solução da Pismo foram utilizadas as mais robustas tecnologias de bancos relacionais, não relacionais e de cache fornecidas pela AWS e aplicadas no desenvolvimento de serviços reativos e non-blocking que rodam na Java Virtual Machine”, detalha Binatti.
A solução usa uma larga gama de serviços da nuvem da AWS, entre eles o Amazon EC2 e o serviço gerenciado do Amazon RDS, Amazon DynamoDB, Amazon SQS, Amazon SNS, Amazon ElasticCache, AWS Lambda, S3, Amazon KMS, Amazon Cloudfront e Amazon ElasticSearch.
Os Benefícios
Para os clientes do mercado de meios de pagamentos, o custo de setup de uma operação ainda é muito alto, já que, só para começar, as empresas precisam mobilizar uma grande infraestrutura. Com a nuvem, a proposta da Pismo é oferecer um serviço não só melhor, mas com capacidade elástica. O setup da plataforma é feito online, de forma rápida e simples: em apenas uma hora, os clientes da empresa já podem implementar a solução.
“Quando a gente desenhou essa plataforma a gente imaginou tornar o produto acessível para emissores menores e redes de captura de nicho, com pagamento exclusivamente pelo uso, sem necessidade de investir tão alto no setup. Mas nossos resultados de teste de carga foram tão surpreendentes e positivos que nós passamos a ser procurados por instituições financeiras que querem modernizar suas soluções de legado. Estamos avançando muito em conversas com grandes bancos e adquirentes.”
Próximos Passos
Segundo Daniela, a estrutura tem sido atualizada constantemente e vários novos serviços AWS já estão sendo testados para ampliar ainda mais a infraestrutura da solução na nuvem, escalando o negócio da empresa com tranquilidade, e demonstrar ao mercado financeiro que a AWS garante ainda mais segurança do que as soluções on-premises. “São tecnologias ainda novas, então há ainda muita desinformação e preconceito. Mas a gente sabe que com tudo o que é investido por um grande player do tamanho da AWS, a tendência é que uma solução hospedada na nuvem seja muito mais segura do que uma operação mantida dentro de casa.”