O MVP da startup: por que seu produto viável mínimo oferece o potencial de valor máximo

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Todo empreendedor de sucesso tem uma história singular sobre como transformou sua ideia em negócio e as muitas escolhas feitas ao longo do caminho.

A fase de lançamento de uma startup, especialmente, é um momento crítico, e a forma como a ideia é aceita pelos primeiros clientes pode ajudar muito a determinar as perspectivas de longo prazo.

Para alguns fundadores, é tentador alterar a ideia até que esteja perfeita.

Essa é uma meta nobre, mas a jornada para a perfeição geralmente é longa e cara e implica renunciar à chance de receber o feedback vital dos primeiros usuários. Como muitos empreendedores descobriram, esses primeiros clientes são uma das melhores fontes de aconselhamento sobre o que está funcionando ou não.

Então, como é possível apresentar logo seu produto ou serviço aos clientes e de uma forma que o ajude a criar um produto mais forte ao longo do tempo?

É aí que entra o MVP, ou produto viável mínimo.

O que é um MVP?

O MVP é uma versão básica do produto ou serviço que demonstra os principais benefícios da ideia e permite que você receba feedback rapidamente. O conceito foi popularizado pelo empresário e autor americano Eric Ries em seu livro de 2009, The Lean Startup, em que ele descreveu o MVP como “aquela versão de um novo produto que permite que a equipe colete o máximo de aprendizado validado sobre os clientes com o mínimo esforço”.

Muitas das startups baseadas em nuvem mais famosas do mundo começaram com um MVP. O Airbnb, por exemplo, nasceu quando o fundador alugou seu próprio apartamento on-line. Até a Amazon começou com um MVP, com Jeff Bezos enviando livros pessoalmente da própria casa.

O que é necessário para criar meu MVP?

Para que seu MVP sirva de guia para seu sucesso futuro, ele deve conter atributos e benefícios suficientes para atrair clientes em potencial e incorporar maneiras de você entender como os clientes estão usando o produto e coletar feedback sobre a experiência deles. O MVP ajuda a colocar uma ideia no mercado rapidamente, mas não adianta divulgar algo se você não estiver disposto a ouvir e responder ao feedback.

Disponibilizar seu MVP

Muitas decisões precisam ser tomadas entre definir uma ideia de startup e lançá-la como MVP:

  • Que tipo de MVP você quer criar? As opções vão desde uma proposta básica de produto ou um vídeo de demonstração até um protótipo funcional baseado em nuvem, ou até mesmo uma versão com atributos limitados do produto ou serviço completo. Embora seja mais rápido implementar uma demonstração, ela não dará aos clientes a mesma sensação “prática” que teriam ao usar uma versão básica, sobretudo se você quiser que eles paguem por ela futuramente.
  • Qual software você usará? Em qual serviço de nuvem o hospedará? Será necessário decidir quais ferramentas de software você usará para desenvolvê-lo e em qual serviço de nuvem o hospedará. Essas decisões iniciais podem ter consequências significativas para suas opções de longo prazo, então escolha ferramentas e serviços em nuvem que atendam às suas necessidades no futuro de sua startup.
  • Que parte da ideia você desenvolverá? Tudo o que você desenvolver deve demonstrar o valor da ideia de uma forma que desperte o interesse dos consumidores. Verifique também se seu MVP é fácil de usar e funciona bem o suficiente para que os clientes não encontrem bugs ou atributos danificados.
  • Que parte da ideia você consegue desenvolver com seus recursos? Criar software e hospedá-lo na nuvem nunca foi tão fácil, mas ainda leva tempo, e contratar desenvolvedores ainda terá um custo. Quanto mais complicada for a ideia e quanto mais você almejar a perfeição, mais caro será o desenvolvimento.
  • Que parte da ideia você quer revelar? Muitas startups começam no “modo furtivo”, optando por não compartilhar muito sobre suas ideias por medo de que sejam copiadas. Embora isso possa proteger sua propriedade intelectual, em algum momento você terá de mostrar a ideia ao mundo para atrair clientes e receber feedback. Poucas ideias são únicas e, se você passar muito tempo no modo furtivo, correrá o risco de ser ultrapassado pelos concorrentes de qualquer forma. É importante que, ao lançar seu MVP, você já esteja trabalhando em versões futuras e incorporando o feedback recebido ao longo do caminho para ficar um passo à frente da possível concorrência.

Maximizar seu MVP

Quaisquer que sejam suas escolhas, lembre-se de que seu MVP é um teste, e esse teste só produzirá resultados se você também tiver como coletar informações sobre as experiências dos clientes.

Isso pode incluir a coleta de dados estatísticos, como o número de usuários e quanto tempo eles gastam usando o MVP, e também incluir informações do cliente com base em comentários, formulários de feedback e até o que eles dizem sobre você nas mídias sociais.

Crie várias maneiras de coletar os dois conjuntos de dados, principalmente informações sobre quanto os clientes estão dispostos a pagar para usar uma versão completa do serviço.

Em última análise, o MVP é uma ótima forma de testar uma ideia sem a despesa e o tempo necessários para criar uma versão completa e, para receber o feedback vital, será necessário criar versões ainda melhores no futuro.

Isso torna o MVP uma das ferramentas mais importantes quando se trata de ajudar todos os empreendedores a provar o que é possível.

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