A economia gerada com o processamento de toda a folha de pagamento do Estado na nuvem da AWS foi em torno de 26% em comparação ao investimento que seria necessário para a compra e manutenção de novas máquinas. A experiência da AWS com outros governos no mundo, além da alta disponibilidade dos serviços, são fatores fundamentais.

 

Adalberto Pessoa Presidente da ETICE

A Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (ETICE) tem como missão fortalecer a gestão pública e o desenvolvimento econômico e social por meio da Tecnologia da Informação e Comunicação. A criação da ETICE faz parte de uma decisão estratégica do Governo do Estado do Ceará de buscar induzir o surgimento de um novo segmento econômico voltado à indústria de alta tecnologia, considerando as vantagens competitivas em relação a outros estados do Brasil.

O Ceará é, atualmente, considerado um hub de comunicação de dados do país com o mundo. Na cidade de Fortaleza, 13 cabos submarinos com capacidade superior a mil terabytes por segundo conectam o Brasil à África, Europa, Estados Unidos e América Central.

“Nós temos uma infraestrutura externa com mais de 7 mil quilômetros de fibra ótica em todo o Estado, atendendo a 90% da população urbana, o que favorece a venda de serviços a toda essa população, incluindo órgãos públicos”, destaca o presidente da ETICE, Adalberto Pessoa.

O Estado do Ceará representa um novo paradigma para o desenvolvimento da tecnologia e inovação por meio de políticas públicas. Com a ETICE no comando dessa transformação disruptiva no setor público, a jornada para a nuvem começou em 2016, a partir da criação de uma norma que proibia a aquisição de novos datacenters por órgãos públicos do Estado, priorizando a adoção de tecnologias em nuvem.  

O modelo de Cloud Computing foi concebido pela Etice com a publicação do Edital nº 001/2017, visando qualificar provedores de serviços de computação em nuvem nas modalidades IaaS, PaaS e SaaS, contemplando desde o planejamento, o desenvolvimento, a implantação e a execução continuada de serviços relacionados à operação, ao monitoramento e ao suporte da infraestrutura.

“Há dois anos nós fizemos este termo de referência para atrair parceiros de tecnologia e de negócios voltados ao serviço de computação em nuvem. O objetivo da ETICE não é somente atender o Governo do Estado do Ceará, mas se posicionar, junto ao mercado, como um grande integrador e broker de soluções em nuvem para o setor público no Brasil”, enfatiza Adalberto Pessoa.

Desta maneira, o primeiro projeto de migração para a nuvem, a partir da nova regra, surgiu da necessidade da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado em reduzir custos com o conjunto de aplicações envolvidos no sistema da folha de pagamento de aproximadamente cem mil servidores públicos.

A partir das demandas dos órgãos públicos, a ETICE faz um termo de referência, com uma consulta técnica e de preço, onde a proposta mais vantajosa é a escolhida. “No projeto de hospedagem do sistema da folha de pagamento do Estado, a proposta mais vantajosa foi a da Amazon Web Services. Quando se fala de infraestrutura em serviço, há requisitos mínimos para o processo de competição. A solução mais econômica será sempre a escolhida”.

Com a ajuda da consultoria Capgemini, parceira da AWS, “a migração do sistema de pagamentos dos funcionários públicos do Estado para a AWS foi muito tranquila”, descreve Pessoa. “Experiências importantes da AWS com outros governos fora do país contribuíram para a aceitação dos órgãos de controle sobre o investimento na nuvem”, detalha o gestor.

“No lado jurídico, nos cercamos de todos os pareceres envolvendo a Procuradoria Geral do Estado, o Tribunal de Contas da União, e um parecer interno da própria Controladoria Geral da União, demonstrando com exemplos reais que a nuvem gera economia de tempo, reduz o risco de tornar o serviço indisponível, e, acima de tudo, permite que o Estado se torne mais eficiente”.

“A economia gerada com o processamento de toda a folha de pagamento na nuvem foi em torno de 26% em comparação ao investimento necessário para a compra e manutenção de novas máquinas”, destaca Adalberto Pessoa.

Porém, segundo o presidente da ETICE, as vantagens vão muito além do corte de gastos com aquisições de novos equipamentos. “A conta que se faz, muitas vezes, envolve apenas o custo na aquisição de máquinas e se esquece de um conjunto de custos invisíveis envolvidos, como a própria disponibilidade desse sistema”.

O modelo de cloud first traz economia ao Estado, porquanto reduz despesas com pessoal, energia, manutenção de equipamentos, papel e outros itens, contribuindo ainda, em face da redução de equipamentos, para um ambiente ecologicamente sustentável porque reduz a emissão de CO2.

“Nós temos a consciência de que estamos na vanguarda desse processo de inovação do setor público no Brasil. Nós queremos continuar inovando e mostrando, com o bom exemplo, o que outros estados podem fazer. Os resultados são bastante claros em relação à qualidade, à disponibilidade do serviço, à redução de custos, e com uma melhor gestão de risco do setor público. Mas isso é fruto de uma decisão política e estratégica. Com certeza, se outros Estados fizerem uma análise técnica como nós fizemos no Ceará, eles vão perceber o quanto seria importante a migração nuvem é fundamental para a melhoria do serviço público”.

A onda de inovação do setor público, capitaneada pela ETICE no Estado do Ceará, está apenas começando. Segundo Adalberto Pessoa, a expectativa é de que todos os sistemas do Governo do Estado migrem para a nuvem nos próximos quatro anos.

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