Nós planejamos o futuro do negócio. Muitas vezes a área de TI é o gargalo do crescimento em grandes indústrias. Mas no nosso caso é o contrário. O papel da Amazon Web Services, com toda a elasticidade que nos proporciona, é fantástico. Com dois ou três clicks estou pronto para crescer e integrar em nossos sistemas quantos novos parques de aerogeradores a companhia adquirir ou construir.
André Spina Gerente de TI da Echoenergia

A modernização do setor elétrico passa pela geração de energias renováveis e por um investimento cada vez mais sólido em novas tecnologias. A história da Echoenergia mostra que é possível otimizar os custos e ser mais eficiente, garantindo segurança e eficiência na geração de energia com soluções inovadoras.

Com pouco mais de um ano, a empresa de geração de energia eólica já dobrou seu potencial, operando remotamente complexos no interior de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia a partir de um Centro de Operação de Geração (COG) instalado em São Paulo.

Hoje, com a soma de todos os complexos eólicos no Brasil, o potencial de geração de energia renovável já é equivalente ao da segunda maior usina do mundo em potência instalada, a Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná.

A Echoenergia, sozinha, já representa mais de 700 MW e continua em crescimento. Desde o início da jornada, toda a engenharia do sistema por trás da operação remota e monitoramento à distância foi construída e planejada para crescer sem limites, e com total estabilidade da nuvem da Amazon Web Services.

Com capital do fundo de investimentos ACTIS, a Echoenergia cresceu em um ritmo acelerado. A startup teve início com menos de dez pessoas trabalhando em um ambiente de coworking. Com poucos meses, adquiriu dois complexos no interior de Pernambuco e Ceará, que já totalizavam 350 megawatts de potência instalada de geração.

"Quando adquirimos os complexos eles eram operados localmente. Em dezembro de 2017, nós implementamos toda a operação remotamente usando a nuvem da Amazon Web Services", conta o Gerente de TI da Echoenergia, André Spina.

Hoje, a empresa conta com quase cem funcionários e oito complexos eólicos, que estão sendo aos poucos transicionados para o modelo remoto, onde boa parte da operação já está. Todos aerogeradores e subestações da Echoenergia são operados e comandados em tempo real de São Paulo, 24/7.

"Eu sei exatamente o que está acontecendo. Sei quanta energia estou gerando, a velocidade do vento, qual aerogerador está funcionando bem, qual não está. Eu tenho todo o comando do complexo, dos aerogeradores e das subestações", explica Spina. 

Com pouco mais de um ano, a companhia tornou-se referência em inovação no setor e já ocupa a posição de segunda maior do Brasil em geração de energia eólica.

Sendo a Echoenergia uma empresa jovem, que faz parte de um setor altamente regulado , mostrou-se necessário contar com a flexibilidade e alta disponibilidade da infraestrutura da AWS para demonstrar os órgãos públicos, e à gestão da própria companhia, que era possível controlar remotamente os complexos eólicos e operá-los na nuvem com total segurança, a mais de 4.000 quilômetros de distância.

“Eu tive esse desafio de garantir que eu conseguiríamos atender às necessidades de forma muito rápida, tendo ainda a liberdade de inovar. E foi aí que sugerimos implementar o sistema 100% em nuvem", comenta André Spina. 

O baixo custo também era importante: a empresa ainda estava em crescimento e não tinha tempo nem recursos para investir um sistema on-premise. O time tinha o desafio de implementar todo o ambiente em apenas seis meses.

"Qualquer falha seria sucetível a notificações da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e multas pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), órgãos que regulamentam o setor. A segurança também é muito importante, pois hoje há diversos tipos de ataques e tentativas de invasão aos sistemas do setor elétrico ao redor do mundo, essa é uma preocupação muito forte no setor", explica Spina. 

Com ajuda do parceiro de negócios AWS, Centurylink, em menos de três semanas a Echoenergia colocou seu ambiente em funcionamento, implementando o software de automação e controle Elipse. “Foi a primeira vez que a Elipse implementou a solução dela em nuvem”, destaca Spina.

A Echoenergia tem cinco pilares em sua estratégia de TI: segurança, baixo custo, redundância, facilidade de uso e cloud first. De acordo com André Spina, entre as opções do mercado, a Amazon Web Services era a única provedora de nuvem pública que atendia a todos os requisitos de solução, com tecnologia, velocidade, redundância e presença no Brasil.

A arquitetura da Echoenergia inclui três instâncias no Amazon EC2 e duas no Amazon RDS, o “banco de dados infinito da Echoenergia", como define Spina. “Com cada aerogerador eu tenho uma série de variáveis e um potencial de informação absurdo. Com o Amazon RDS eu consigo não só armazenar essas informações como também ter acesso a elas de forma rápida e assertiva para tomar decisões”, destaca. “Eu posso conectar esse banco de dados a soluções de BI, posso crescer, e aí, o céu é o limite. Com dois ou três clicks estou pronto para ativar quantos novos parques de aerogeradores a companhia adquirir".

Para atender aos procedimentos e normativas de alta disponibilidade demandadas pelos órgãos reguladores, a Echoenergia mantém uma instância da solução rodando na Amazon Web Services e mais uma instância backup local, também em um ambiente virtualizado. Com o Amazon Direct Connect, a Echoenergia se conecta diretamente com o ONS.

A solução inclui ainda o Amazon VPC, backup em Amazon S3, Amazon Simple Notification Service (SNS) e monitora todo seu sistema com Amazon CloudWatch. "Não é qualquer provedor que faz isso, só com a AWS eu consegui integrar todos os players que eu precisava para o meu projeto", explica Spina.

 

Com os créditos oferecidos pela Amazon Web Services no início do projeto, a Echoenergia economizou pelo menos R$ 500.000,00 em CAPEX, que seriam necessários para implementar um sistema on premise.

“Hoje eu tenho um custo mensal que é quase marginal perto do valor da companhia como um todo. Para os benefícios que a AWS me dá, é extremamente barato. Além de ser um custo de OPEX. Se eu precisar diminuir, o meu custo é controlável. Essa é a mágica da cloud. Como em TI é difícil mensurar os custos, a solução da AWS facilita o planejamento de qualquer novo projeto da empresa", detalha Spina.

A segurança e a estabilidade são mais do que pré-requisitos do setor elétrico. Segundo Spina, a maioria dos problemas de quedas de energia são causados por motivos operacionais. Ele acredita que, a partir do momento que o setor elétrico começar a adotar soluções automatizadas e mais confiáveis, o índice de falhas vai ser reduzido drasticamente.

“Assim como aconteceu com o e-commerce, que hoje está 100% na nuvem para suportar picos de acesso, como durante uma Black Friday, eu acredito que o futuro para o setor elétrico seja esse. A tecnologia é um fator que vai ajudar muito a resolver os problemas de instabilidade", conclui André Spina.

A Echoenergia vai analisar todo o funcionamento de seus complexos com mais detalhes e precisão a partir de investimentos em novos serviços focados em Business Intelligence.

“Nosso próximo passo será integrar nossas soluções e fontes de dados. Ainda estamos construindo novos parques e fazendo aquisições. Lá na frente, com certeza, a integração desses dados e sistemas será essencial para sermos mais performáticos", explica o gerente de TI. "Já estamos estudando algumas soluções de Data Lake e Machine Learning. Além disso, outra etapa contará com o uso de produtos como o Amazon Glacier, serviço muito interessante para a nossa empresa no sentido de arquivar de forma simples e barata dados que não precisamos no dia-a-dia, mas que podemos usar, a longo prazo, de forma segura".