“Com a alta disponibilidade para cada cliente e para cada compra, temos um ganho a mais, intangível, que é a satisfação do consumidor com a experiência. Uma compra que já não é simples, que é demorada, não pode ter indisponibilidade. Tudo o que é barreira na experiência pode acabar afastando o cliente. Com a AWS, nunca mais tivemos problemas.”
Alex Prado de Carvalho Executivo de E-commerce e Marketplace do Super Nosso

A Rede Super Nosso, do Grupo que leva o mesmo nome, está presente no mercado há 18 anos e hoje tem 36 unidades da marca em Belo Horizonte e região metropolitana. O Grupo conta com mais de 8 mil colaboradores e faturou R$ 2,1 bilhões em 2016. O Super Nosso em Casa surgiu oportunamente no final de 2013, num primeiro momento, para validar a aceitação dos clientes para uma nova maneira de fazer compras (online). Hoje, o e-commerce tem em cerca de 100 mil visitantes únicos, cerca de 650 mil pageviews por mês. Durante períodos desafiadores como a Black Friday, o site chega a registrar acréscimo de cerca de 500% no volume de acessos diários e praticamente o mesmo crescimento no volume de pedidos. . Com a escalabilidade da nuvem, o grupo consegue contornar os desafios da sazonalidade natural da plataforma, e agora planeja expandir ainda mais o alcance de seus negócios com e-commerce.

Em 2013, observando a tendência de um aumento de consumidores adeptos de compras pela internet, o Super Nosso criou um e-commerce para validar a logística da operação e a aceitação do público. Nesse primeiro momento, a empresa ainda não tinha uma infraestrutura flexível e escalável para enfrentar picos de acesso e sustentar uma experiência sem interrupções aos seus clientes.
 
“Nós começamos a sentir um déficit mais na infraestrutura do que no frontend da plataforma, como quando passamos pela primeira Black Friday. Também fomos questionados sobre a segurança do ambiente quanto à ataques e outros, com o crescimento do negócio.”, conta o Executivo de E-commerce e Marketplace do Super Nosso, Alex Prado.
 
O e-commerce de um supermercado tem características próprias que tornam a operação ainda mais complexa, como a extensa lista de produtos no carrinho e uma área de busca que consome muitos recursos. Cada compra tem, em média, 74 itens por carrinho, o que sobrecarrega a memória e fazia o site sair do ar durante picos de acesso.
 
“Quanto mais o cliente enchia o carrinho, mais o site sentia. Nos picos, chegava a cair por alguns instantes. Muitas vezes, ao fazer uma ação mais agressiva no e-commerce, aumentava a demanda e o ambiente não conseguia acompanhar. E, quando conseguia, gerava um aumento considerável de custo, pois eu tinha que alocar essa demanda no data center para poder ter essa disponibilidade.”

Em 2015, o grupo decidiu migrar sua infraestrutura, antes hospedada em data centers de terceiros, para a nuvem. Ao avaliar as opções do mercado, perceberam que o projeto tinha mais sinergia com as tecnologias oferecidas pela Amazon.

“Junto com a nossa infraestrutura, também projetamos e mudamos toda a plataforma do e-commerce. Queríamos algo mais robusto e escalável, percebemos que existia uma sinergia maior entre as tecnologias da AWS com a arquitetura tecnológica que projetamos para frontend. Avaliamos concorrentes e concluímos que as linguagens e recursos projetados tinham muito mais coesão com AWS, que essa seria melhor..”

Como todo e-commerce, a segurança também era fator primordial para o processamento de pagamentos com cartão.

“Nossa plataforma é PCI (Payment Card Industry) Compliant, e para isso temos que ter uma infraestrutura que suporte e atenda a um conjunto de requisitos de segurança. Hoje, por ter a AWS como pano de fundo de nossa solução, conseguimos certificar a segurança dos dados de nossos clientes e, principalmente, das transações com cartões de crédito.”

O Super Nosso teve como parceiro a Sydle, responsável pelo desenvolvimento da solução de e-commerce junto à AWS. O projeto de desenvolvimento do software levou cerca de sete meses, mas em menos de um mês foi realizada a migração.

“A virada foi bastante tranquila, nós não paramos em nenhum momento. Colocamos o site em produção em um ambiente em paralelo, e não perdemos nenhum pedido. Foi uma replicação muito rápida, de forma bastante transparente e controlada”, elogia Prado.

A arquitetura do Super Nosso em Casa inclui serviços que garantem total disponibilidade e segurança como Amazon EC2 e Amazon RDS, com Amazon Elastic Block Store, Amazon AutoScaling, Amazon CloudWatch, Amazon Elastic Load Balancing, Amazon Route 53. O e-commerce ainda utiliza Amazon VPC para um maior controle de sua infraestrutura e armazena imagens no Amazon S3.

Alex Prado destaca ainda o suporte dos experts da Amazon Web Service na otimização da infraestrutura. “Principalmente depois da chegada do escritório em Belo Horizonte, nosso contato com a AWS é ótimo, os arquitetos são muito atenciosos e estão sempre disponíveis para discutir e traçar caminhos para melhorar nossa infraestrutura do ponto de vista técnico e até financeiro visando melhorar os custos. O suporte da AWS é bem presente e para nós isso é imprescindível.”

Com a nuvem, o e-commerce atingiu total disponibilidade e consegue acompanhar a sazonalidade do negócio, tanto em termos de pedidos quanto em picos de acesso. Com a infraestrutura escalável, segundo Alex Prado, o Super Nosso também economiza recursos e tempo.
 
“É muito mais fácil gerir e saber o que está sendo consumido, quanto tempo está custando e como podemos otimizar a utilização desses recursos quando eles estão mais disponíveis. É uma gestão mais inteligente, se comparada com a forma como é feita a cobrança em um data center convencional onde você paga um valor fixo, mesmo que você não esteja utilizando todos os recursos contratados.. Na AWS você paga pelo o que você usa, e conforme você usa ou conforme está a sua demanda de uso”.
 
Outro benefício trazido com a nuvem foi uma mudança de mindset dentro do próprio departamento de TI da empresa. Segundo Prado, a experiência bem sucedida do Super Nosso em Casa foi um divisor de águas.
 
“Apesar de já conhecermos as possibilidades com serviços na nuvem, a entrada da AWS para o e-commerce foi um fato marcante para começar a se questionar, em todos os casos, o que pode ser feito na nuvem. Então, hoje isso é constantemente questionado. Estamos nessa fase de entender ainda o que pode sair do cenário tradicional e migrar a nuvem.”

Com a nuvem da AWS, o grupo já planeja expandir o negócio para novas frentes de e-commerce, com atuação agora em todo o estado de Minas e, no segundo semestre de 2017, em nível nacional. Além disso, outras operações tecnológicas da empresa estão sendo avaliadas para migrarem futuramente.

“A partir do trabalho com o e-commerce começamos a analisar a migração de outros ambientes, porque vimos que com a AWS é possível fazer mais. Também se desprender dessa estrutura tradicional que utilizávamos anteriormente, desse histórico cultural que se tem no nosso segmento em relação à infraestrutura, e avançar no uso de infraestrutura como serviço”, explica.

A plataforma e infraestrutura já foram desenhadas para serem multi-frontend, pensando nos próximos passos do negócio.

“O nosso trabalho agora é seguir no lançamento de uma nova frente de e-commerce (um novo site, mesmo) com essa arquitetura existente,  no ramo de perfumaria, beleza e maquiagem. E vamos ampliar esse novo e-commerce em nível nacional para ter uma estrutura de dados, de acesso, de volume de negócio maior ainda do que já temos com o Super Nosso em Casa. Também já temos ‘no gatilho’, para o segundo semestre, outra frente de e-commerce em uma área diferente que temos forte competitividade e que comunicaremos em breve”, conta.