
A Emirates voa alto após uma migração maciça com a AWS
2020


A AWS aumentou a transparência da organização, o que é muito importante agora porque o setor de viagens está mudando muito rapidamente devido à pandemia.”
Erick Meunier
Chefe de sistemas comerciais e móveis de passageiros e eCommerce da Emirates
O Emirates Group possui e opera a Emirates, a maior companhia aérea do Oriente Médio e recém-vencedora do prêmio Melhor Companhia Aérea do Ano 2020 (Aviation Business Awards). Em um ano normal, a Emirates ostenta 300 aeronaves, que transportam 56 milhões de passageiros. Em um setor conhecido por ter margens estreitas, manter uma vantagem não é uma opção, mas uma necessidade. Em 2020, essa pressão se tornou ainda maior com a crise da COVID-19. O Emirates Group conseguiu migrar para a Amazon Web Services (AWS) suas plataformas de eCommerce e comunicações corporativas, bem como mais de 30 aplicações essenciais para a empresa, de mais de 250 servidores.
Essa mudança ajudou a cortar drasticamente os custos quando a demanda por serviços diminuiu de forma acentuada devido à pandemia. A migração abrangeu quase todos os sistemas da Emirates voltados para o cliente, seu principal mecanismo de reserva, sites de clientes e seu aplicativo móvel. Não foi um processo lift-and-shift direto. Foi necessário reconfigurar e otimizar várias aplicações para que funcionassem nos sistemas operacionais modernos.
Uma migração maciça
Antes de migrar seu principal mecanismo de reserva e outras aplicações de nível 1 para a AWS, a Emirates dependia de centros de colocalização de terceiros que hospedavam hardware de propriedade da Emirates. Esse hardware estava chegando ao final de sua vida útil e exigindo altos custos de manutenção. A mudança para a nuvem prometia vários benefícios e evitava grandes dispêndios de capital. Uma equipe principal com apenas seis pessoas estava gerenciando um imenso conjunto de aplicações monolíticas e desatualizadas. No entanto, como essas aplicações eram essenciais para a empresa, o tempo de inatividade não era viável.
Além da migração, a Emirates aproveitou a oportunidade para transformar totalmente vários serviços dentro de sua pilha de aplicações, bem como os servidores Windows, Linux RHEL e SQL. Roshan D’Souza, líder da equipe técnica da Emirates, afirma: “Somos obcecados por fazer a coisa certa, e sabíamos que era necessário lidar com a defasagem técnica das aplicações. Migrar para a nuvem facilitou bastante concretizar esse objetivo.”
Tínhamos um cronograma irrevogável, um pico de demanda esperado em julho de 2020, embora a COVID-19 tenha diminuído essa demanda. Conseguir a adesão da liderança da Emirates consciente dos riscos foi difícil a princípio, mas se tornou mais fácil devido ao histórico da empresa em outros projetos com a AWS. E o apoio só aumentou quando uma quantidade crescente de workloads foi transferida sem interrupções e a performance dessas aplicações melhorou.
Problemas para solucionar
Como a maioria das companhias aéreas, a Emirates lida com altas e baixas temporadas. Operar seus próprios datacenters significava pagar por capacidade não utilizada para lidar com esses picos. Além disso, levava em torno de 10 semanas para adquirir, configurar, testar e implementar um novo servidor físico. Com a AWS, esse processo leva algumas horas. Agora, programar uma nova máquina virtual leva uma hora, e não mais seis semanas. A mudança para a AWS também possibilitou que a Emirates fosse capaz de reduzir rapidamente a escala de seus sistemas quando a COVID-19 e as restrições às viagens provocaram a queda abrupta do número de passageiros.
A Emirates passou por dificuldades no passado devido a limitações do datacenter físico de seu provedor anterior e identificar problemas por meio de seus sistemas obsoletos e interfaces com redes de terceiros foi uma tarefa árdua. Além disso, o tempo de lançamento de novos recursos no mercado era penosamente lento, e era impossível adotar a cultura DevOps. A equipe de segurança da Emirates tinha pouco controle sobre a infraestrutura de colocalização e as investigações sobre segurança eram manuais e trabalhosas. Para os clientes da Emirates, tudo isso contribuía para a lentidão dos processos de reserva online por meio do site e de dispositivos móveis.
Como se deu a migração
A equipe migrou de uma vez as workloads de uma região geográfica para garantir uma performance consistente. Primeiro, os marcos foram planejados em torno de serviços de baixo risco, para criar confiança na empresa e oferecer uma oportunidade para aprender e reagir. O projeto foi lançado em setembro de 2019. Um datacenter foi migrado em novembro de 2019 e outro em maio de 2020. Isso se tornou complicado após o início da pandemia de COVID-19 porque a Emirates mudou para o home office e o acesso a datacenters colocalizados tornou-se difícil. As soluções nativas da AWS, como o AWS Database Migration Service para bancos de dados SQL, foram usadas para sincronizar, replicar e transferir dados. A replicação bidirecional garantiu que a plataforma da Emirates continuasse funcionando perfeitamente à medida que as aplicações eram migradas.
Com o Amazon FSx for Windows File Server, a Emirates conseguiu provisionar facilmente o armazenamento de arquivos de seu CMS (SDL Tridion) para armazenar arquivos do site de reservas. O Amazon FSx totalmente gerenciado oferece maior performance e confiabilidade em comparação ao datacenter on-premises da Emirates. Além disso, fornece segurança ao garantir que os dados sejam criptografados a cada etapa. Segundo Aneesh Rasheed, engenheiro-chefe da Emirates, “O insight e a disposição da equipe principal para aprender a usar essas novas ferramentas da AWS possibilitaram sanar quaisquer dúvidas rapidamente, tornando a implementação de soluções bem mais fácil para a empresa”.
Os resultados
Para os clientes da Emirates, houve melhorias notáveis no serviço. Agora, o mecanismo de reservas pela Internet da Emirates responde mais rapidamente, e uma transação completa pode ser concluída 12 segundos mais rápido do que antes. A performance em dispositivos móveis também foi aprimorada. Os resultados de pesquisa são gerados cinco segundos mais rápido. A Emirates espera obter economias anuais de AED 3,8 milhões (US$ 1 milhão) depois de retirar seu hardware por completo. Agora, o provisionamento é amplamente automatizado por meio do uso da infraestrutura como código e da pilha Amazon ELK (Elasticsearch, Logstash e Kibana) para registro em log e visualização de aplicações.
Com a mudança para a AWS, também foi possível contar com uma telemetria que forneceu insights sobre os sistemas, tanto para a TI quanto para o restante da empresa. E a equipe criou painéis que forneciam gráficos de dados simples e efetivos aos funcionários em todos os âmbitos da empresa. De acordo com Erick Meunier, chefe de sistemas comerciais e móveis de passageiros e eCommerce da Emirates, “Eu não estava totalmente privado de informações antes, mas alguns painéis só eram prontamente disponibilizados para o pessoal de TI. Eu precisava aguardar até que os relatórios me fossem enviados. A AWS aumentou a transparência da organização, o que é muito importante neste exato momento porque o setor de viagens está mudando rapidamente devido à pandemia”.
Agora, a empresa pode ver a performance das aplicações em tempo real. Ela pode avaliar o impacto das campanhas observando o tráfego da Web aumentar e tomar decisões mais bem fundamentadas. Esses painéis também permitiram que o pessoal da Emirates reagisse rapidamente aos ataques de vírus. Meunier acrescenta: “Isso permitiu que eu e nossos parceiros de TI tomássemos decisões fundamentadas em áreas como as cargas atuais do servidor e a possibilidade de dimensionar corretamente nossa infraestrutura, preparando o caminho para economias adicionais”. Mark Sukumaran, gerente de entrega de soluções da Emirates para a migração para a AWS, concorda. “Em vista da transparência da plataforma da AWS, ficou mais fácil para a empresa ver seu próprio valor e obter insights praticáveis. Isso transformou parceiros como Erick Meunier e a equipe de eCommerce em verdadeiros entusiastas do projeto.”
Nenhum tempo de inatividade
A transformação da Emirates foi concluída sem nenhum tempo de inatividade não planejado. “Sempre surgem problemas quando você tenta virtualizar aplicações pela primeira vez, particularmente ao lidar com vários pontos de integração. Mas o conhecimento especializado da equipe principal, mais o suporte de nossa equipe de liderança, possibilitou que a migração como um todo ocorresse com muita tranquilidade. Mais importante ainda, sem nenhum tempo de inatividade não planejado, o que foi uma enorme vitória para a Emirates”, afirma Sukumaran.
O principal benefício foi que a migração permitiu à empresa tomar medidas imediatas quando a COVID-19 provocou estragos no setor de viagens. A migração permitiu que funcionários de toda a empresa tivessem acesso aos dados e a ferramentas simples para analisá-los, o que já está fortalecendo a tomada de melhores decisões. Mas quem mais ganhou com isso foram os passageiros da Emirates, que agora podem reservar passagens de maneira mais rápida e confiável pelo site ou por meio de um dispositivo móvel.
Sobre a Emirates
Emirates é uma das maiores companhias aéreas do mundo, possui 300 aeronaves e conta com 59.000 funcionários. Ela conseguiu migrar para a AWS seu sistema de reservas online, o site de clientes e mais de 30 outras aplicações essenciais para a empresa, de mais de 250 servidores.
Benefícios da AWS
- Redução de custo
- Agilidade e performance
- Redução de defasagem técnica
- Otimização de custos
- Disponibilidade e inovação
- Maior segurança
- Possibilidade de automação
- Painéis de negócios
Serviços da AWS usados
Amazon FSx for Windows File Server
O Amazon FSx for Windows File Server fornece armazenamento de arquivos altamente confiável, escalável e totalmente gerenciado, acessível pelo protocolo Server Message Block (SMB) padrão do setor.
AWS DataSync
O AWS DataSync é um serviço de transferência de dados online que simplifica, automatiza e acelera a migração de dados entre os sistemas de armazenamento on-premises e os serviços de armazenamento da AWS, e também entre serviços de armazenamento da AWS.
Amazon RDS
O Amazon Relational Database Service (Amazon RDS) permite configurar, operar e escalar com facilidade seu banco de dados relacional na nuvem.
A pilha ELK
ELK é um acrônimo utilizado para descrever uma pilha que compreende três projetos de código aberto conhecidos: Elasticsearch, Logstash e Kibana.
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