Rede migra Centro de Monitoração para nuvem AWS e dobra espectro de detecção de anomalias

2021

Detentora de 25% das transações de cartões do país, a Rede criou, em 2012, o seu Centro de Monitoração de Rede (CMR), responsável pelo acompanhamento de todas as operações processadas pelos clientes da empresa. Com a evolução do mercado e o surgimento de novas utilizações e novas possibilidades de fraudes, a instituição viu a necessidade de modernizar esta estrutura, ampliando sua capacidade. Para isso, o CMR foi migrado de um data center físico para a nuvem AWS, passando a operar em uma nova arquitetura.
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O time AWS foi fundamental no pós-processamento dos alarmes. Eles ajudaram na criação de um modelo estatístico de Inteligência Artificial que identifica as anomalias e monitora a qualidade de cada cliente”

Cassio Luis Pereira Silva
responsável pelo projeto da Rede

Desafio

Responsável pela captura de transações de crédito e débito das maiores bandeiras nacionais e internacionais, a Rede tem hoje 25% do market share das transações realizadas no Brasil. Para acompanhar se estas transações são realizadas corretamente, a Rede conta com o CMR (Centro de Monitoração de Rede). O CMR surgiu em 2001, inicialmente como um centro de recebimento de reclamações, e passou a realizar o monitoramento efetivo das operações a partir de 2012.

O superintendente de TI da Rede, Maurício Peixoto, explica que nos últimos cinco anos, a Rede tem conseguido manter um nível de disponibilidade de “quatro noves” graças a atuação do CMR, que garante não apenas a disponibilidade do sistema, como também a identificação rápida de qualquer desvio. No entanto, a evolução do mercado começou a ameaçar a manutenção deste desempenho.

“O mercado de cartões está evoluindo muito rapidamente, com novas utilizações e novas situações de fraudes. Diante disso, nossa monitoração não estava sendo abrangente para pegar essas mudanças e tínhamos um fornecedor que estava limitado a algumas situações”, explica.

De acordo com Mauricio Peixoto, a plataforma utilizada pelo CMR tinha limitações em relação ao volume de informações que ela conseguia monitorar de forma simultânea, às variáveis que podiam gerar alertas e de adequação às novas necessidades do mercado. “Percebemos que, para determinadas transações não havia alertas e isso gerava dor para o cliente. Eventualmente alguns clientes tinham problemas que não passavam em nosso radar e era preciso garantir o mesmo nível de serviço para todos”, reforça, lembrando que havia também dificuldade de escala, uma vez que a solução utilizada era on-premises.

Ao mesmo tempo em que identificava essas limitações, a Rede dava continuidade a uma mudança interna, com o objetivo de substituir a monitoração transacional pelo acompanhamento do ciclo de vida do cliente. Essa nova abordagem também exigia uma ferramenta que monitorasse todo este ciclo, desde o credenciamento até a liquidação e o recebimento pelas vendas realizadas.

Diante disso, em agosto de 2020 a Rede iniciou o projeto de modernização do CMR, que tinha o objetivo de ampliar a visibilidade e a identificação de padrões e cenários, melhorando ainda mais o atendimento ao cliente. O primeiro passo para isso foi deixar de usar uma solução proprietária on-premises e adotar uma nova solução, agora em nuvem.

Por que AWS

A Rede já vinha em processo de modernização de sua infraestrutura desde 2018, quando iniciou a migração para a nuvem da AWS. Peixoto lembra que esse processo vinha ocorrendo em várias frentes e que a migração do CMR passou a integrar esse processo.

Cassio Luis Pereira Silva, responsável pelo projeto da Rede, lembra que, com a decisão, foi iniciado um trabalho conjunto com a AWS para definir a arquitetura do CMR. “Fizemos uma POC para saber se fazia sentido. Isso foi no final de 2019. Daí saiu o desenho. Tínhamos máquinas físicas em um data center, com um site de disaster recovery e transformamos tudo em arquitetura serverless”, explica. Com isso, os dados do CMR foram migrados para o Amazon Simple Storage Service (Amazon S3) e, com a criação de um data lake, foi utilizado o AWS Lambda para processamento em tempo real e também o Amazon EMR.

A flexibilidade da nuvem permitiu que a Rede fosse o primeiro cliente AWS a utilizar, no Brasil, o Amazon Lookout for Metrics. “Tínhamos o escopo de utilizar machine learning para o monitoramento das transações, aí surgiu o Amazon Lookout for Metrics, que identifica anomalias em tempo real”, conta Cassio, lembrando que o novo serviço substituiu o trabalho humano no monitoramento.

Além disso, o time AWS Professional Services foi fundamental no pós-processamento dos alarmes. Eles ajudaram na criação de um modelo estatístico de Inteligência Artificial que identifica as anomalias e monitora a qualidade de cada cliente. Isso, somado ao processamento feito pelo Amazon Lookout for Metrics, tem ajudado a Rede a afunilar suas incidências. “Hoje abrimos cerca de 900 eventos por mês e temos a meta de chegar a 500. Isso vai nos deixar mais assertivos, agindo nos problemas que efetivamente precisarão de uma ação nossa”, diz.

O novo CMR, agora na nuvem, está em operação desde maio de 2021 monitorando 100% dos dados de transações passando pela nova arquitetura. A nova solução trouxe também mudanças culturais. “Quando vamos para um modelo de machine learning, muda o modo como recebemos os alertas e as regras ficam mais flexíveis, focadas em desvios de comportamento. O processo é tão assertivo que aponta qualquer desvio e tem nos levado a discutir nosso modelo operacional”, revela Cassio.

Para oferecer aos clientes o mesmo nível de inteligência com o qual o CMR conta hoje, a Rede abriu APIs, permitindo a eles consumir as visões criadas ali e avaliar seu status em relação ao mercado. “A mesma visão que temos aqui, estamos abrindo para os clientes. Eles conseguem acompanhar o que estamos monitorando e os resultados disso. Estamos evoluindo isso com novas análises, permitindo que eles se vejam no mercado”, diz.

Benefícios

Com a nova arquitetura do CMR, a Rede conta hoje com mais de dois mil alertas realizados mensalmente e, com a flexibilidade da nova estrutura, ganhou agilidade para a implantação de novas monitorações. “A todo momento há produtos, cartões ou clientes novos. Já sentimos que respondemos muito rápido a isso: tenho dados da transação e da API do e-commerce. Tem sido muito rápido construir isso, questão de horas contra ao menos um mês no modelo anterior”, revela Leandro Silva Barbosa, coordenador do CMR.

O executivo destaca que, com isso, o CMR ganhou agilidade fim a fim, desde a obtenção do dado até seu processamento e visualização. Além disso, o uso do Amazon Lookout for Metrics aumentou em duas vezes a identificação de anomalias.

“Quanto mais rápido identificamos as anomalias, menor o impacto nas vendas de nossos clientes. Garantimos que eles não vão sofrer indisponibilidades, convertendo mais vendas sem sofrer com a tecnologia”, afirma, ressaltando também a clareza e transparência sobre eventuais problemas. “O cliente vai sentir na ponta o aumento de disponibilidade e a rapidez na resolução de problemas”, diz.

Próximos passos

Com o CMR em funcionamento, a Rede já tem em curso um plano de evolução que tem como objetivo monitorar toda a jornada do cliente com o mesmo nível de detalhes existente no monitoramento das transações. A equipe do CMR também está trabalhando na busca de mais automação com o objetivo de permitir que a própria ferramenta dispare também a solução para os problemas encontrados.


Sobre o Rede

Empresa do conglomerado Itaú Unibanco, a Rede é responsável pela captura de transações de crédito e débito das maiores bandeiras nacionais e internacionais. Oferece para seus clientes uma gama de produtos e serviços para aumentar o desempenho de seus negócios, como solução de meios de pagamento online, antecipação de recebíveis, disponibilização de terminais, entre outros. Para isso, trabalha em rede, conectada a tudo que interessa para mover o consumo.

Benefícios com AWS

  • 2.445 alertas realizados mensalmente;
  • Implantação de novas monitorações 90% mais ágeis;
  • Duplicação do espectro de monitoramento de anomalias;


Serviços AWS utilizados

Amazon Lookout for Metrics

O Amazon Lookout for Metrics usa Machine Learning para detectar e diagnosticar automaticamente anomalias  nos dados de negócios e operacionais.

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AWS Lambda

O AWS Lambda é um serviço de computação sem servidor que permite executar código sem provisionar ou gerenciar servidores, criando lógica de dimensionamento de cluster com reconhecimento de workloads, mantendo integrações de eventos ou gerenciando tempos de execução.

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Amazon EMR

O Amazon EMR é a plataforma de big data em nuvem líder do setor para processar grandes quantidades de dados usando ferramentas de código aberto.

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Amazon S3

O Amazon S3 é um serviço de armazenamento de objetos que oferece escalabilidade, disponibilidade de dados, segurança e performance líderes do setor.

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