A Lady Driver é um aplicativo de transporte somente para mulheres, que conecta passageiras a motoristas, e já é o maior app de transporte feminino da América Latina, em pouco mais de um ano de operação. A segurança e tranquilidade proporcionados, tanto das motoristas quanto das passageiras, são valores essenciais para a empresa. A motivação para a criação do serviço, como explica a CEO e fundadora, Gabryella Côrrea, surgiu de uma experiência pessoal.
“Eu tive a ideia para a criação da empresa depois de sofrer assédio de um motorista de um aplicativo. E resolvi criar um serviço só com motoristas mulheres para atender mulheres. A surpresa foi que eu descobri que não só as passageiras têm receio, mas as motoristas também se sentem inseguras dirigindo para um público misto", conta Gabryella.
A Amazon Web Services apostou no negócio ainda no início, convidando a Lady Driver a aderir ao programa AWS Activate. Assim, sem custos, a Lady Driver já nasceu na nuvem, com todo o apoio do time AWS.
O app foi lançado em março de 2017, com 1.800 motoristas cadastradas. Hoje, a Lady Driver conta com mais de 26 mil motoristas, atuando em toda a região metropolitana de São Paulo. “Hoje, 30% das nossas motoristas dirigem só para a Lady Driver, porque elas se sentem mais seguras na presença de outra mulher”, destaca a CEO da empresa.
Em 2018, a startup atraiu mais investimentos e já prepara sua operação em outras cidades. Após se consolidar na capital paulista e em toda região da Grande São Paulo, a Lady Driver vai expandir seus negócios para o Rio de Janeiro e mais países da América Latina
“A gente costuma dizer que, indiretamente, a Amazon Web Services está empoderando as mulheres. Está ajudando-as a terem renda, e, na outra ponta, está ajudando a passageira a ter segurança. É a liberdade para poder andar na hora que ela quiser, com a roupa que quiser. Isso tudo é empoderamento”, completa.
O mercado de carsharing cresce exponencialmente em todo mundo, mas a competitividade com grandes empresas torna o início de qualquer startup da área ainda mais desafiador.
"Quando nós começamos a operação, ainda usávamos máquinas gratuitas em arquitetura monolítica, e iniciamos a conversa com a Amazon Web Services a respeito do momento em que a empresa estava, pois nós já estávamos saindo muito na mídia. Foi quando nós entramos no programa AWS Activate. Foi uma surpresa muito positiva”, conta o COO, José Reinaldo Lopes.
Ao longo dos primeiros meses, a infraestrutura do aplicativo começou a ser aprimorada para suportar um crescimento rápido, que atingiu 1200% somente entre janeiro e agosto de 2018. Com apoio dos especialistas da Amazon Web Services, a Lady Driver conseguiu identificar as melhores soluções para corrigir problemas de instabilidade.
“Nós começamos a escalar muito rapidamente, e vimos que a infraestrutura não iria suportar. Então começamos a usar outros serviços da AWS, e migramos para um sistema já em cluster. Mas ainda tivemos problemas. A AWS nos ajudou a identificar que estávamos usando o servidor errado, que não fazia uma comunicação em rede de alta performance. E só essa mudança de servidor corrigiu nossos problemas de instabilidade. O suporte da AWS foi fundamental nessa etapa”, destaca Lopes.
Para além do investimento recebido com a inclusão no programa AWS Activate, que possibilitou à Lady Driver a iniciar seu negócio sem custos, o suporte pró-ativo da AWS na otimização da infraestrutura foi fundamental para a startup. “A própria AWS nos procurou e fez uma série de sugestões de otimização de infraestrutura. Mudanças, inclusive, que nos trouxeram economia financeira com a mesma performance”, conta o COO.
O Amazon Elastic Compute Cloud é um dos serviços fundamentais para a operação do aplicativo, e permite dimensionar diferentes tipos de servidores para diferentes necessidades. Em questão de minutos, é possível criar um novo servidor e provisionar nossas aplicações, garantindo agilidade para atender um mercado tão dinâmico.
A API utiliza ainda Amazon Elastic Container Service para provisionar recursos em containers, tornando o serviço altamente escalável. Escalabilidade e tolerância a falhas são a chave para manter a API com altíssima disponibilidade, mesmo em situações em que há a necessidade de fazer diversos deploys de novas versões e correções de bugs ao longo do dia.
A Lady Driver utiliza uma arquitetura de microserviços com vários bancos de dados MySQL e SQLServer. O Amazon Relational Database Service oferece um ambiente estável e gerenciável para armazenamento de dados transacionais. Para oferecer uma boa experiência para as usuárias do aplicativo, a Lady Driver conta com um serviço de alto throughput e baixa latência, e para isso utiliza o Redis totalmente gerenciado pelo Amazon ElastiCache.
Processamento assíncrono baseado em mensagem foi uma das estratégias utilizadas pela Lady Driver para desacoplar serviços vitais que impactam na experiência do usuário de outros que podem e devem ser executados em segundo plano. Para isso, utilizam o Amazon Simple Queue Service.
Com o rápido crescimento no número de usuários do aplicativo, a solução ideal encontrada para armazenar arquivos, incluindo fotos e documentos foi o Amazon Simple Storage Service. A startup utiliza ainda o Amazon Simple Notification Service para entrega de notificações SMS.
A Lady Driver começou a ampliar ainda mais o uso dos recursos na nuvem, e segue otimizando o sistema constantemente. Segundo o CTO, Oswaldo Maurício Neto, em diversas etapas do negócio, o suporte da AWS é fundamental para encontrar novas soluções.
“Recentemente nós fizemos uma reunião com os arquitetos da AWS sobre custos, para entender melhor como funcionava a cobrança de alguns serviços. Percebemos que alguns serviços que a gente utiliza poderiam ter menor custo se a gente migrasse parte para regiões, processo que já começamos”.
A escolha da AWS também se mostrou vantajosa para atrair investidores, devido à sua credibilidade no mercado tecnologia. “Quando vamos apresentar a empresa, sempre perguntam sobre a nossa infraestrutura. E quando falamos que estamos na nuvem da AWS, é sempre muito positivo. Com certeza ajuda muito por conta da credibilidade da Amazon Web Services”, diz a CEO da Lady Driver.
A presença mundial da Amazon Web Services também é uma vantagem para a startup.“Nós temos a possibilidade de expandir nosso negócio para outros países da América Latina, no futuro. É um modelo altamente replicável e é justamente este um dos motivos para estarmos na Amazon Web Services”, comenta Neto.
A Lady Driver já está em fase de experimentação de serviços como o AWS Elastic Beanstalk, para reduzir os esforços na manutenção de aplicações web, e o Amazon Elasticsearch Service, para centralizar logs de todas as aplicações e permitir gerar dashboards e insights para o negócio.
O AWS Lambda já está sendo usado para construir rotinas, popularmente conhecidas como jobs, que executam tarefas pré-determinadas, em horários específicos. “Estamos observando um grande potencial na utilização de AWS Lambda com Amazon API Gateway para construção de micro serviços”, revela o CTO.
Outra área importante é a de inteligência artificial. A Lady Driver já está fazendo testes com alguns serviços de machine learning para criar modelos de predição que permita distribuir as chamadas de corridas de forma mais eficiente.
A empresa também quer ampliar seu uso de tecnologias de Internet das Coisas (IoT), e já estuda formas de utilizar o AWS IoT Core como um broker para permitir a comunicação device-to-device. “Nós já utilizamos hoje o protocolo MQTT, e criamos uma estrutura própria, um cluster para receber e entregar as mensagens. Mas já estamos estudando o AWS IoT Core. Começamos a fazer alguns experimentos, e já pensamos nele como uma alternativa para o futuro, pois nós sabemos que essa quantidade de mensagens vai crescer. O AWS IoT Core é mais escalável e de uma forma mais rápida do que o sistema que mantemos hoje”, finaliza Neto.
Obtenha mais informações sobre o programa da AWS para startups, o AWS Activate